Em dia de mobilização, Fundação Alfredo da Matta resolveu 62 casos de câncer de pele

Ação foi a primeira no Centro Cirúrgico da unidade depois da revitalização inaugurada em julho

Foto: Alex Pazuello/Secom

No sábado (19/19), sessenta e dois pacientes com câncer de pele foram submetidos a cirurgia para remover as lesões malignas, em um dia de mobilização da equipe da Fundação Hospitalar Alfredo da Matta, que está vinculada à Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM). Após a triagem e o procedimento cirúrgico recomendado pelos dermatologistas, 62 indivíduos foram atendidos. Todos os casos eram para remoção de lesões caracterizadas como “Carcinoma Baso Celular”, a forma mais frequente de câncer de pele. Se não for devidamente tratado, pode resultar em amputações de órgãos e até mesmo na morte.

Todos os pacientes foram contatados antecipadamente para que seguissem o protocolo pré-cirúrgico do Centro Cirúrgico da Fuham, passando por avaliação cardiológica de risco cirúrgico, para os maiores de 60 anos, e fazendo testagem rápida para HIV, hepatites e sífilis.

De acordo com a secretária de Estado de Saúde, Nayara Maksoud, a programação faz parte do programa Saúde Amazonas, implantado pelo Governador Wilson Lima, com objetivo de ampliar acesso as ações de saúde. “A intensificação de cirurgias dermatológicas no Alfredo da Matta, que atendeu em sua maioria, pacientes idosos, contou com equipe multiprofissional e todos os pacientes já receberam alta médica, sendo assim uma ação exitosa”, disse

Uma equipe de dez médicos e outros trinta profissionais, entre enfermeiros, técnicos e pessoal de apoio administrativo, foi mobilizada numa jornada que durou cerca de 10 horas sendo usadas três salas cirúrgicas para os casos de médica complexidade e mais duas, para os procedimentos mais simples.

Para o diretor-presidente da Fuham, Carlos Chirano, essas ações antecipam a solução do caso do paciente e evita que ele evolua para situações sem cura. Ele ressalta que a revitaliazação do Centro Cirúrgico deu uma capacidade mais resolutiva para a instituição. “O centro cirúrgico passou dois anos fechado, agora, está revitalizado com toda a estrutura necessária para esses procedimentos adequados dentro das normas da vigilância (sanitária). Então, é bom trabalhar num setor que está estruturado e organizado, preparado para a demanda”, afirmou Chirano.

Antecipação

Os sessenta e dois pacientes atendidos no sábado apresentavam lesões consideradas de média e baixa complexidade. Mas todas seguiram o mesmo caminho de evolução. Começaram com uma pequena mancha ou ferida. O comerciário Delmir de Souza Costa (65) retirou duas lesões, na costa e na face posterior do pescoço. Ele conta que tudo começou com um sinal pequeno na pele.

“Isso aqui faz muito tempo, ele (sinal) era pequeno. Começou bem pequenininho isso aqui, aí começou a crescer. Ele tem mais ou menos 4 anos. Trabalhava muito no sol, eu. Eu trabalhava de pedreiro, trabalhei de pescador também, mandei pesca. E, hoje em dia, ainda trabalho assando frango”, afirma o paciente que teve as duas lesões retiradas em manos de duas horas de cirurgia.

Números de câncer de pele

Dados do Departamento de Controle de Doenças e Epidemiologia (DCDE) mostram que, ao longo dos últimos 24 anos, a Fuham detectou e tratou 9.691 casos de câncer de pele. No ano de 2023, foram diagnosticados 649 casos, sendo 368 (56,7%) do sexo masculino e 281 (43,3%) do feminino. Em relação aos tipos de câncer: 572 (88,1%) foram Basocelular, 70 (10,8%) Espinocelular e 7 (1,1%) Melanoma. Em relação a faixa etária, a que ocorreu mais casos foi a de 80 mais (22,0%), 60 a 64 anos (15,1%), 65 a 69 anos (14,3%), 70 a 74 anos (11,9%) e 75 a 79 anos (11,6%).Em 2024, de janeiro a junho, foram registrados 377 casos de câncer de pele na Fuham.

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