1º Congresso Ufológico de Belém reacende debates e investigações sobre o fenômeno UFO na Amazônia

Por Juscelino Taketomi

Em muito boa hora, apesar da pandemia do coronavírus, o 1º Congresso Ufológico de Belém (CUB), realizado no último dia 15 de janeiro, no auditório do Sesc Ver-o-Peso, na capital do Estado do Pará, reacendeu o debate sobre os fenômenos ufológicos na Amazônia, principalmente envolvendo os estados do Pará, Amazonas e Acre.

Palestras proferidas por Carlos Mendes, autor do livro “Luzes do Medo”, Laertis Luz e pelos pesquisadores Heitor Costa e Rony Vernet trouxeram à baila eventos ocorridos em 1979 e entre 2008 e 2014 em regiões do Pará e do Acre, fenômenos que chegaram a ser investigados pelos militares engajados na Operação Prato, de 1977.

O carioca Rony Vernet e Carlos Mendes também expuseram seus trabalhos durante o 1º Encontro Ufológico de Belém

Sobretudo os eventos enfocados por Vernet, enfatizando ataques de “luzes” sobre indígenas do Estado do Acre, chamaram a atenção pelo fato de terem sido alvo de procedimentos investigatórios por parte do Ministério Público Federal (MPF).

Tais eventos, ocorrido entre 2008 e 2014, despertam muito mais curiosidade pelo fato de guardarem semelhança com narrativas de vítimas atingidas por raios luminosos no Maranhão e no Pará, entre 1977 e 1978. Investigados pela Operação Prato, comandada pelo falecido ex-capitão da Aeronáutica Uirangê Holanda, em nome das Forças Armadas, esses fenômenos demonstram que as aparições ufológicas no Norte da Amazônia continuam fortes, desafiando os governos da região e aguçando a curiosidade dos pesquisadores.

Sem dúvida, deve-se à existência da Operação Prato a constatação de que a região, por motivos que reclamam maiores debates para serem bem esclarecidos, é um impressionante cenário de ocorrências ufológicas há mais tempo do que se possa imaginar. E talvez por isso mesmo o governo dos Estados Unidos tenha mantido a Operação sob seu absoluto controle a partir do momento em que as atividades de Uirangê Holanda foram consideradas encerradas em Colares, nos idos de 1977.

Projeto Blue Book

Dinheiro para as pesquisas norte-americanas sobre o fenômeno UFO nunca faltou, como provou o conceituado The New York Times em 2017 ao escancarar para a opinião pública internacional que o interesse e as investigações dos EUA acerca do fenômeno remontam a 1952 com o Projeto Blue Book (Livro Azul) cuja premissa era verificar se os chamados discos voadores não ameaçavam a segurança dos EUA, e, caso isso fosse verdade, quais seriam as formas de defesa que haveriam de ser aventadas, com recursos tecnológicos à altura.

Segundo o Times, em 1917 havia o total de US$ 22 milhões, embutidos dentro de um orçamento de US$ 611 bilhões, à disposição do Programa Avançado de Identificação de Ameaças Aeroespaciais (AATIP), vinculado ao Ministério da Defesa, dono do bilionário orçamento. O governo de Washington se esforçou para desqualificar a publicação do Times e depois disse que o AATIP fora encerrado em 2012, faltando com a verdade. O programa continua, agora sob a responsabilidade da empresa Bigelow Aerospace ligada a Agência Espacial Norte-Americana (NASA).

Empresário Robert Bigelow – Foto: Divulgação

Como hoje são outros tempos, graças a gigantesca pressão do movimento ufológico internacional em favor da abertura dos arquivos do Pentágono sobre os UFOS, com a indispensável ajuda das redes sociais, o proprietário da Bigelow, empresário Robert Bigelow, veio a público colocar panos quentes na questão, declarando à Rede CBS de Televisão que os extraterrestres existem e que visitam a Terra utilizando naves espaciais. Hoje, o Pentágono possui uma força-tarefa para investigar ovnis, tratando o assunto como uma das questões prioritárias do Exército.

A Bigelow Aerospace

Provavelmente, a Bigelow Aerospace, via Pentágono, esteja a par de tudo o que aconteceu em Colares em 1977, quando a Operação Prato se apoderou de mais de 500 fotografias sobre as “luzes vampiras” que aterrorizaram a população de Colares naquela época. A Operação também entregou a Aeronáutica uma vasta documentação contendo depoimentos de vítimas das “luzes” e 16 horas de gravações em películas de formato super 8 mm e super 16 mm, documentos de evidente e profundo interesse para a ufologia brasileira.

Em 2007, com o advento da Lei de Liberdade de Informação, o movimento ufológico comemorou a flexibilização do Arquivo Nacional, em Brasília, liberando importantes documentos à Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU), comandada pelo jornalista Ademar Gevaerd, líder da campanha UFOS: Liberdade de Informação Já.

Houve um avanço, mas é preciso que todos nós, que abraçamos a causa ufológica no Norte amazônico, fortaleçamos a campanha de Gevaerd. Trata-se de um passo à frente que, com toda a certeza, haverá de nos proporcionar um cenário melhor de pesquisas e novas informações a respeito dos fenômenos extraterrestres – e intraterrenos, por quê não ? – em nossa região.

Nórdicos em Colares

Afinal, a Amazônia é uma região há muito visitada por seres de vários pontos da galáxia em que estamos inseridos, não sendo à toa, a propósito, a observação de Luis Evans, que, em mensagem a Editoria Voz Sideral, do Portal O Povo Amazonense, chamou a atenção para a presença de aliens “louros”, ou nórdicos, que estiveram em Colares em 1950.

“Eu descobri isso investigando arquivos de uma antiga sociedade de pesquisa de ovnis (na época, chamavam discos voadores mesmo, nada de ovnis). Então, acho que o que ocorreu em Colares em 1977 foi o seguimento de algo muito mais antigo, ainda nos anos 50. Os avistamentos de 1950 foram relatados por uma pesquisadora de uma instituição do Governo Federal, ela era bióloga e havia se instalado na região. Ela chegou a ver os ovnis e havia relatos de comerciantes dizendo que indivíduos louros apareceram na cidade e depois desapareciam na frente das pessoas. Acredito que Colares foi apenas uma etapa de algo muito mais antigo em andamento na região”, disse Evans na mensagem à Voz Sideral.

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